O projeto para o Museu Marítimo do Brasil ocupa a totalidade do espaço de píer onde é situado o Espaço Cultural da Marinha. Optou-se por propor o restaurante e auditório em trecho localizado próximo à Orla Prefeito Luiz Conde.
Visando a promoção do passado, o projeto mantém o píer e o toma como referência para o desenvolvimento do partido arquitetônico. O píer, por si só, é capaz de contar grande parte do desenvolvimento marítimo do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro. Assim sendo, ao invés da intervenção dramática, é preservada a estrutura e sua estética e o Museu pousa no espaço fazendo proveito de sua dimensão longitudinal e transversal. São garantidas as possibilidades de atracação das embarcações e acomodação dos demais veículos.
O espaço expositivo do Museu se desenvolve e é conectado através de rampa lateral posicionada na longitude da construção. A fenestração curva na fachada da rampa, perfeitamente alinhada com a Igreja da Candelária, permite momentos de reflexão sobre o presente da cidade do Rio de Janeiro, em especial sobre o Centro da cidade – que vive constante transformação.
O Museu mira o futuro através da sua construção baseada na aplicação de estratégias de sustentabilidade. Todos os pavimentos intermediários são suspensos na estrutura de cobertura, permitindo a flexibilidade de utilização dos espaços e possibilitando usos que ainda nem existam. A sustentabilidade, por sua vez, torna-se inerente à edificação a partir da utilização de energia renovável, materiais reciclados/recicláveis, desenho inovador, paisagismo e conforto ambiental.